Um dos mais destacados cronistas visuais do Rio, Custodio Coimbra tem na metrópole, que completa 458 anos neste dia 1º de março, sua musa e sua fonte de inspiração. Nascido e criado em Quintino Bocaiuva, bairro da Zona Norte, ele registra a exuberância e os contrastes. É autor de imagens icônicas dos encantos e das asperezas de uma cidade partida.
– Eu não me canso de fotografar a cidade – diz Custodio. – Até do mesmo ponto de vista. As fotos são sempre diferentes porque as luzes são diferentes. Quanto mais eu fotografo, mais eu a conheço. Criei uma cumplicidade. E, quanto mais cúmplice, mais carinho e amor eu tenho. Quando a vejo maltratada eu me sinto maltratado também.
Nas fotos de Custodio, aparecem a paisagem e seus moradores, as riquezas naturais e arquitetônicas, a violência e a alegria genuína dos cariocas. Custodio registrou o Rio em todas as suas vertentes, inclusive do alto, com muitas fotos aéreas, feitas quando pulava de asa delta e voava de helicóptero, de planador, de dirigível e de parapente. O Instituto Moreira Salles guarda um acervo de 410 fotos do fotojornalista. Nas imagens exibidas aqui, um pouco da beleza e do caos da cidade filtradas pelas lentes de Custodio.