O festival FotoRio apresenta nove exposições de fotógrafos do Brasil, de outros países da América Latina e da Europa que tratam de temas como identidade, ancestralidade, justiça social, meio ambiente e reinvenção dos corpos

As imagens de Rosa Gauditano tornaram-se símbolos de resistência e deram visibilidade a inúmeras causas sociais. A fotojornalista, que morreu no último dia 7 de agosto, registrou desde as prostitutas, a comunidade lésbica nos anos 1970, as greves operárias no ABC paulista e os povos indígenas até os movimentos negro e feminista.

A parceria entre o fotógrafo José Medeiros e o dramaturgo Abdias do Nascimento, do Teatro Experimental do Negro (TEN), resultou em imagens que mostram com sensibilidade e respeito o papel fundamental da companhia na evolução do teatro moderno no Brasil e na afirmação da identidade negra.

A exposição "Um século de histórias", em cartaz na Casa Roberto Marinho, é um mergulho na história do Brasil e do mundo pelas lentes dos fotógrafos do Globo, em comemoração ao centenário do jornal. Entre as 213 imagens está a foto do sequestro do ônibus 174, registrada por Marcelo Carnaval em 2000.

A convite do site Testemunha Ocular, o fotógrafo Pablo Vergara, do coletivo Imagens do Povo, do Completo da Maré, comenta a exposição World Press Photo, com as imagens vencedoras do mais importante prêmio de fotojornalismo do mundo. Ele analisa imagens como a Foto do Ano, que mostra Mahmoud Ajjour, de nove anos, que perdeu os braços num bombardeio israelense a Gaza.

A World Press Photo decidiu retirar a atribuição ao fotógrafo Nick Ut da imagem "O terror da guerra", 52 anos após conferir à foto o prêmio máximo do concurso. A decisão saiu após um documentário pôr em dúvida a autoria de Ut, que recebeu reconhecimento mundial e o prêmio Pulitzer pela cena que mostra a menina Kim Phuc, de 9 anos, correndo nua após ser queimada pela bomba de napalm lançada por tropas sul-vietnamitas, apoiadas pelos EUA.