Com curadoria de Nana Moraes, a primeira exposição de Walter Firmo dedicada somente a fotos de mulheres traz 20 imagens em preto e branco de um mestre da fotografia mais conhecido por seu trabalho em cor. "As mulheres são poderosas, estão sempre à frente, gostaria de ser uma delas. Mas eu me contento em ter o meu lado mulher", diz Firmo.

O fotógrafo Bruno Itan, morador da Rocinha e criador do projeto social Olhar Complexo, procurar registrar o lado "bom e positivo" das favelas, mas a violência volta e meia irrompe o cotidiano e faz com que seu trabalho se volte também para o registro de cenas como a dos corpos enfileirados no Complexo da Penha após a Operação Contenção, da polícia do Rio.

Acostumados a cobrir cenas de violência, os fotógrafos Eduardo Anizelli, da Folha de S.Paulo, e Márcia Foletto, do Globo, falam do doloroso trabalho de cobrir a operação policial mais letal do Brasil, nos Complexos do Alemão e da Penha, com 121 mortos.

Ana Aurora Borges fala do trabalho junto com o pai, o premiado fotógrafo Antônio Gaudério, de 66 anos, que perdeu a memória após um acidente em 2008. Os dois têm revisitado o vasto acervo de Gaudério, com fotos como "Nau à deriva", de 2001. A colaboração tem resultado em exposição, documentário e página no Instagram.

O festival FotoRio apresenta nove exposições de fotógrafos do Brasil, de outros países da América Latina e da Europa que tratam de temas como identidade, ancestralidade, justiça social, meio ambiente e reinvenção dos corpos

As imagens de Rosa Gauditano tornaram-se símbolos de resistência e deram visibilidade a inúmeras causas sociais. A fotojornalista, que morreu no último dia 7 de agosto, registrou desde as prostitutas, a comunidade lésbica nos anos 1970, as greves operárias no ABC paulista e os povos indígenas até os movimentos negro e feminista.