Ari Cândido Fernandes nasceu, em 1951, em Londrina, no Paraná. Em 1971, ameaçado pela Lei de Segurança Nacional, seguiu para autoexílio em Estocolmo, na Suécia. 

Teve curta e importante carreira como fotojornalista nos anos 1970. Foi o único fotógrafo brasileiro a cobrir a guerra civil na Eritréia, país que faz fronteira com o Sudão e a Etiópia; e o conflito no Saara Ocidental, tendo passado um mês com guerrilheiros da Frente Polisário, então em guerra com Marrocos.

Ari lutou contra a ditadura militar, atuou no movimento negro, foi um dos idealizadores do manifesto cinematográfico Dogma Feijoada e dirigiu curtas-metragens como Martinho da Vila, Paris 1977 (1977) e Por que a Eritréia (1979). Realizou trabalhos na França e no Irã.

Ari morreu no dia 19 de agosto de 2023, em São Paulo, onde vivia desde o início dos anos 1980, de falência múltipla de órgãos.