O fotógrafo Leonardo Sens fez, nas palavras do jornalista, cronista e escritor Joaquim Ferreira dos Santos, a mais bela poesia visual do Rio-2023, com sua imagem da lua sustentada nos ombros do Cristo Redentor. Sens levou três anos para conseguir o clique perfeito: a imagem inédita de um cenário tão fotografado.
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Poucas imagens fotográficas foram feitas da Guerra de Canudos. Foi somente na quarta expedição que o Exército contratou como fotógrafo-expedicionário Flávio de Barros, que permaneceu até a destruição do arraial. Suas 70 fotografias, como esta intitulada “Jagunços Prisioneiros”, trazem o selo dominante da instituição vencedora, o Exército, como analisa o professor Francisco Foot Hardman.
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No dia 21 de abril de 1961, Erno Schneider fez uma das mais icônicas imagens do fotojornalismo brasileiro: a que mostra Jânio Quadros com as pernas enroscadas. O jornalista Bertholdo de Castro fala sobre a foto, que retrata de corpo inteiro o governo de Jânio – o presidente renunciaria em agosto seguinte.
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As bandeiras do Brasil e da Alemanha, com o símbolo nazista da suástica, hasteadas no Circuito da Gávea, corrida de automóveis no Rio, em 1937, celebram um período de intensa colaboração do governo de Getúlio Vargas com o Terceiro Reich, como analisa a historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro. O forte antissemitismo no Brasil à época levou à deportação de judeus como a militante comunista Olga Benário.
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Em 1951, José Medeiros fez um registro pioneiro para a revista O Cruzeiro do ritual de iniciação das iaôs, um dos mais secretos do candomblé. O professor e escritor Luiz Antonio Simas lembra que as imagens despertaram polêmica, mas observa que Medeiros documentou “a beleza e a transcendência dos ritos de encantamento dos corpos como caminhos para a plenitude da experiência do ser no mundo”.
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O fotógrafo franco-brasileiro Henri Ballot retratou em 1952 o êxodo dos nordestinos rumo a São Paulo. Essa imagem da retirante com seu bebê no colo chegando ao bairro do Brás é analisada pelo sociólogo José de Souza Martins.
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“A História se repete. A primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”. Essa passagem do 18 Brumário – escrito por Karl Marx em 1852 – poderia ser tomada como uma legenda perfeita para analisar a fotografia de Luiz Morier publicada no dia 30 de setembro de 1982 no Jornal do Brasil.
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